O sucesso e as dores em ciclos planetários de Saturno, Júpiter, Netuno e de Vênus retrógrado de uma aguerrida vocalista do pop.
Ensaio há tempos escrever sobre os trânsitos do mapa natal de
uma figura destacada do mundo pop com Vênus em Áries e aproveitei a ocasião do
trânsito atual, bem como seu período de pré retrogradação.
O primeiro sinal de notícia que tive dessa cantora se deu quando
atravessamos o muro da década de 80 para 90 (precisamente em fevereiro de
1990), quando meu walkman vermelho e preto da Sony era tomado por aquela luz estéreo
acesa em rádio FM num quarto ao alto de prédio que me hospedava em Copacabana,
numa viagem de férias ao Rio com minha mãe. Na janela, mesmo com a imensidão
das vias em trânsito minúscula vista de cima, somado a um céu azul e mar pela
vista lateral, o fone aos ouvidos tiravam um adolescente de 13 para 14 anos
daquela dimensão pela tentativa em descobrir a dona de música que ouvia em sua
voz mesclada a um violino numa suave sinfonia ao término da canção de enorme
sucesso naquele ano e que posteriormente ilustraria lembranças da
adolescência.
A voz que mergulhava e depois sumia a um oceano de violino em
Listen to yout heart era de Marie Fredriksson. Pode ser que em mente não venha
de imediato a figura de quem se trata, mas se eu citar Roxette, tenho certo que
tudo fica mais nítido para meus contemporâneos e conhecedores do pop.
Quando surgiu o Roxette, em 1986, Saturno transitava por Sagitário, aproximando do retorno no mapa natal de sua vocalista. “Vestiu-se ao sucesso" na exatidão desse retorno em 1988 e não à toa com um som de nome Dressed for Sucess em destaque, primeiro à Europa e depois ao mundo.
Quando surgiu o Roxette, em 1986, Saturno transitava por Sagitário, aproximando do retorno no mapa natal de sua vocalista. “Vestiu-se ao sucesso" na exatidão desse retorno em 1988 e não à toa com um som de nome Dressed for Sucess em destaque, primeiro à Europa e depois ao mundo.
Porém, o retorno de Saturno de 2016 foi diferente no mapa da cantora, pois coincidiu com o retorno de Júpiter em Libra também ao final deste mesmo ano na casa 6 opondo Vênus natal em Áries na casa 12. Este momento marcou o comunicado do fim das atividades da banda em consequência das limitações físicas da vocalista geminiana. O eclipse lunar no grau exato de seu Marte natal no limite das casas 11 e 12 em setembro de 2016 também condiz com este fim de combate. Mesmo assim, Marie e seu parceiro de banda Per Gesse lançam um álbum chamado Good Karma, o que também podemos relacionar a este segundo retorno de Saturno - considerado por muitos, o senhor do karma - isso se for possível mencionar tal momento como "good karma".
Em setembro de 2002 Marie Fredriksson teve um desmaio em sua
casa e foi diagnosticada com um tumor maligno no cérebro. Deram 5 % de chances
para sobreviver. Os médicos não sabiam que se tratava de uma mulher com Vênus
em Áries em trígono com Plutão e uma Lua em Escorpião de casa 6 em conjunção a
Netuno.
A retirada do tumor foi providenciada ainda em 2002, seguida de bom tempo em árduas radioterapias e quimioterapias as quais trouxeram sequelas, como a perda de parte de um dos lados da visão e dos movimentos do lado direito do corpo. Perdeu a fala, retomou, precisou reaprender a cantar e ainda desenvolveu a habilidade de desenhar e pintar. Com Netuno em trígono ao Sol e ao Ascendente por 2003 e 2004 em seu mapa natal temos a evidência das benevolências citadas. Mas o mesmo Netuno em oposição a Urano natal entre 2002 e 2005 e em quadratura ao seu Mercúrio natal de casa 12 também entre 2003 e 2004, ilustra as sequelas associadas a fala, visão e as dificuldades do reaprendizado musical e de raciocínio.
A retirada do tumor foi providenciada ainda em 2002, seguida de bom tempo em árduas radioterapias e quimioterapias as quais trouxeram sequelas, como a perda de parte de um dos lados da visão e dos movimentos do lado direito do corpo. Perdeu a fala, retomou, precisou reaprender a cantar e ainda desenvolveu a habilidade de desenhar e pintar. Com Netuno em trígono ao Sol e ao Ascendente por 2003 e 2004 em seu mapa natal temos a evidência das benevolências citadas. Mas o mesmo Netuno em oposição a Urano natal entre 2002 e 2005 e em quadratura ao seu Mercúrio natal de casa 12 também entre 2003 e 2004, ilustra as sequelas associadas a fala, visão e as dificuldades do reaprendizado musical e de raciocínio.
No mês da notícia do tumor, havia um retorno de Lilith em Áries no mapa de Marie, algo que tenho observado como uma referência astrológica que traz desencadeamento ou à tona situações diversas. Como um vácuo ou túnel que traz algo escondido. Lilith que também transitava em conjunção a Vênus da vocalista do Roxette. Muitos associam Vênus a tumores e Áries tem a parte do corpo ligada a cabeça e ao cérebro. Soma-se a tudo o fato de Vênus ser regente da casa 6, posicionada na casa 12. Vale aqui ressaltar que isso não é generalizado. Este retorno muitos viveram, mas agrego também esta configuração a soma de diversos fatores que citei e ainda citarei.
Marie Fredriksson |
Porém o fator que mais chamou a atenção dentre muitas configurações tensas neste período em que se desvendou o tumor em Marie foi o trânsito de Vênus retrógrado em Escorpião por sua casa 6. Apesar de ser um planeta pessoal e rápido, momentos de Vênus retrógrado são um pouco mais demorados e também indicadores de ciclos, ou seja, capazes de marcar uma transição e dar significado a área onde ocorre sua retrogradação, não apenas naquelas semanas em especial, mas por longo tempo ou mesmo até outro ciclo de retrogradação naquele signo e casa de um mapa.
A lembrar, Vênus fica retrógrado aproximadamente a cada um ano e
meio. Além disso, na maioria das vezes, sua retrogradação em um mesmo signo se
repete a cada 8 anos em grau bem próximo.
Exemplos: Vênus retrógrado em Áries entre março e abril tanto em 1993, 2001, 2009 e 2017.
Vênus retrógrado em Escorpião entre outubro e novembro tanto de
2002, 2010 e 2018.
Pesquisando outras posições de Vênus em movimento retrógrado,
perceberemos no intervalo de 8 anos a mesma condição em mesmo signo quase todas
as vezes e em graus próximos.
Quando surgiu o primeiro álbum e o Roxette se lança de forma
oficial ao final de 1986, além do retorno de Saturno, Vênus transitava
retrógrado por Escorpião no mapa de Marie Fredriksson, um movimento que também
ocorria neste signo ao final de 2010 quando houve a divulgação do CD que trazia
o retorno oficial da banda após o tumor e recuperação que ela teve, bem como o
anuncio da volta aos shows pelo mundo, que se deu ao longo de 2011-12. Aquele
instante de Vênus retrógrado em Escorpião significou um antídoto de Fênix que
comunicava o renascimento tanto de Marie quanto da banda ao cenário musical.
Show do Roxette em Amsterdan - 2015 |
Mais uma curiosidade sobre Vênus retrógrado foi em 1996, quando ao transitar nesta condição por seu Ascendente em Gêmeos e conjunto ao seu Sol
- regente da casa 5 - Marie ficou grávida de seu segundo filho.
Em 2009, Vênus fica retrógrado em Áries, signo em que está Vênus
natal no mapa de Marie. Exatamente ao retornar seu movimento direto em maio
daquele ano ela e seu parceiro musical Per Gesse informam o retorno da banda em
um festival. Finalmente era possível ouvir e ver novamente The Look, tanto em
música de mesmo nome como em olhar da refeita guerreira de Vênus em Áries
regenerada à música.
Outro trânsito de destaque neste período foi a grande conjunção entre Júpiter e Urano ao Marte em Peixes natal, uma marca de que o Roxette voltara ao combate em sua história musical com a vocalista empunhando a sua boa voz bem postada e recuperada fisicamente em 2 anos bem-sucedidos de turnê entre 2011 e 2013.
Netuno em trânsito também marcou bons aspectos no mapa natal por todo esse período de ressurgimento de Marie Fredriksson e do Roxette, especialmente em trígonos com Lua, Netuno e Júpiter em sua casa 6 entre 2010 e 2013, além de sextil com Vênus e Saturno por 2010 e 2011, como um revitalizador da inspiração musical e da própria saúde da pop star suéca.
Em 2014, as sequelas do tumor se intensificaram com a
dificuldade em se manter de pé, passando a cantar sentada em seus shows. Além
da oposição com Plutão natal - que desde 2010 acontecia - Netuno intensificou quadratura
com o Sol e o Ascendente até o final de 2016. Estes, também receberam oposição de Saturno em 2015. O trânsito de Lilith formou conjunção com Plutão - regente da casa 6 - e depois transitou na própria casa 6 em conjunção com a Lua e Netuno entre meados de 2015 e 2016.
Como dito ao início, além dos retornos de Saturno e de Júpiter como sinais de um
final de ciclo em seu mapa, e do eclipse lunar de setembro de 2016
formando exatidão ao seu Marte em Peixes, Marte do mapa do eclipse formou conjunção exata a Saturno natal de Marie. Urano intensificava ainda mais
oposição a Júpiter natal em Libra, que ocorria desde 2015 e que se acentua a
partir do retorno de Júpiter.
Provavelmente não será possível ver mais Marie em alto e bom
timbre nos palcos. Embora nunca deva se duvidar de uma aguerrida posição de
Vênus em Áries em trígono a Plutão e também a Saturno em beira da casa 8. Ou de
Lua em Escorpião regeneradora em conjunção a Netuno que já multiplicou os 5%
que restavam das chances de vida seguindo-a como numa sinfonia de luar que se
esconde atrás de oceano em Horizonte, mas renasce, assim como um violino solo
ao final de Listen to your heart.
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Outros tantos trânsitos de 2002 sobre o mapa de Marie
Fredriksson:
Oposição exata entre Júpiter e Netuno no céu.
Netuno em oposição exata ao Urano em Leão natal de casa 4 e
Júpiter transitava em conjunção exata a este Urano (setembro de 2002 quando
teve desmaio em casa)
Plutão em trânsito oposto ao Sol natal iniciara conjunção sobre
Saturno natal em Sagitário por sua casa 7
Saturno em trânsito fazia oposição ao Saturno natal no limite de
orbe entre a casa 7 e a 8 somado a uma quadratura com Marte em Peixes natal (um
dos regentes da casa 6).
Urano em trânsito também formava oposição a seu Plutão natal (outro
regente da casa 6 associada a saúde) havia feito quadratura a Mercúrio de sua
casa 12 naquele ano.