Os planetas domiciliados e a grande conjunção que inicia em 2019.

       
           
       O momento astrológico de 2019 terá entre os seus principais destaques o domicílio dos planetas sociais, Júpiter e Saturno. Os planetas sociais são aqueles ainda visíveis, mas não tão rápidos quanto os pessoais (Mercúrio, Vênus e Marte) e nem tão lentos quanto Urano, Netuno e Plutão.
           
         Júpiter estará por Sagitário até dezembro de 2019 e Saturno segue por Capricórnio até final de 2020, signos os quais eles regem e por isso a menção que estão domiciliados. Além dessas posições, 2019 iniciará com Marte em Áries (signo o qual é regente), isso sem falar de Netuno em Peixes, que desde 2012 já está em signo o qual é regente.
          
             Podemos dizer que é um momento raro no céu, pois a última vez que Júpiter, Saturno e Netuno estiveram ao mesmo tempo em seus domicílios foi a mais de 1400 anos. (por volta de 549 depois de Cristo). Antes que alguém se assuste, o céu sempre apresenta algumas raridades, embora todo ano exista alguma com sua característica própria.
             Sem dúvida é um momento coletivo onde fica mais frequente um extremismo, pois simbolicamente parece que se busca mais emblemas, padrões ou estruturas que dê uma sensação de pertencimento social ou ideológico, especialmente por haver mais desafio com a tolerância e com o que é diferente. Dois planetas sociais (Júpiter e Saturno) e um planeta chamado transpessoal (Netuno) ao mesmo tempo em domicílio, significa que estão bem posicionados para percebermos suas características, até potencialmente favoráveis, porém com força em sua digamos “zona de conforto” o que é capaz de proporcionar um desafio coletivo em fazer valer interesses de fé, padrões, tradições ou condições sociais.  
         
           Aliás, apenas com alguns meses de Júpiter em Sagitário já tivemos desvendadas verdades religiosas ou polêmicas que envolvam a fé, especialmente no Brasil, impactando falsos líderes espirituais. Isso foi visto também em 1995 com as polêmicas de pastores contra símbolos religiosos e emissoras de tv contra líderes de igreja. No mesmo ano o líder de Israel, Yitzhak Rabin foi morto por ter feito acordo com chefe da autoridade palestina Yasser Arafat dois anos antes.  
            
               Se formos pensar apenas em Júpiter domiciliado em Sagitário e Saturno em Capricórnio ao mesmo tempo, as últimas vezes foram em 1900 e 1960, início de momentos que marcaram novos costumes e padrões, tanto sociais quanto culturais. Ao entrar em 1960, além do impacto cultural e político que envolvia a América do Norte e o Brasil com história do milagre econômica, a fundação de Brasília e o governo JK, 17 nações africanas tiveram sua autonomia política neste ano com domicílio de ambos os planetas e o mesmo.  Algo semelhante se deu no início dos anos 90 com algumas novas independências em países europeus e da antiga União Soviética, neste caso apenas com Saturno em Capricórnio. 

              O domicílio de planetas significa a marca de temas os quais eles regem, ou seja, em ano com Júpiter e Saturno ao mesmo tempo nos signos são grandes as chances de nos depararmos com antigos costumes sociais ou uma reformulação desses costumes. Aquilo que chamamos “démodé” será mais visível em algumas camadas sociais e culturais, mesmo entre os mais jovens. Um retorno a certas tradições será mais frequente, tanto em padrões políticos quanto sociais. Ao mesmo tempo, novas concepções de aprendizado, métodos mais expansivos de trabalho bem como uma vivência ou compreensão de culturas variadas em nosso dia a dia também será mais nítida. Ainda assim, no quesito inovações, muitas situações usuais que até serão costumeiras ou implantadas para nossa vida na próxima década já serão experimentadas de forma mais notável por 2019, especialmente por ter esse contexto astrológico de “ponto de partida” quando estes planetas “sociais” ficam em domicílio ao mesmo tempo.
         
           Será o segundo ano do triênio de Saturno em Capricórnio (que ingressou neste signo ao fim de 2017), e ficará até o final de 2020. Em 2019, há um impacto especial, pois Saturno se aproxima de uma grande conjunção com Plutão que acontece com exatidão ao início de 2020. Estes planetas não formam uma conjunção há 36 anos (desde 1982) e especialmente em Capricórnio a última vez foi em 1518 período (com Saturno e Plutão por este signo e mesmo com Urano em Touro como estaremos, houve a primeira volta ao mundo por navegação com o Português Fernão de Magalhães, entre 1519 e 1522 (quando partiu e retornou a Espanha atravessando todo  o pacífico). Um indicativo de descobertas, pesquisas e superação de limites em várias áreas de conhecimento humano, especialmente em pesquisas  explorações. Havia uma certa guerra fria, já que portugueses descontentes com a coroa portuguesa serviram ao Rei Carlos I da Espanha que financiaram navegadores portugueses para a exploração e descoberta de ilhas na Zona marítima de influência espanhola.

       Alguns sinais já são percebidos ao fim de 2018 e com mais intensidade a partir do início de 2019, seja através de rupturas, do estabelecimento de assuntos que prevaleçam por longo prazo e conclusões de projetos ou mudanças em assuntos que há um bom tempo vinham ensaiando alguma reestruturação, seja no coletivo, nas questões do mundo que envolvem nossa vida ou mesmo na definição de assuntos pessoais que impactarão desde o ano novo e através dos seguintes.         

        Também é uma conjunção impactante para as estruturas de poder, marcadas também por novo ciclo, transições que dissolvem velhas estruturas ou mesmo o estabelecimento do que não era considerado tão sério, formal e importante quanto antes.    

          No ano de 2018 tivemos os primeiros meses da passagem de Urano em Touro, posição que passa a ser mais constante a partir de 5 de Março de 2019 e se estendendo até 2025, fator para tornar mais usual as tecnologias em vários negócios e até mesmo proporcionar uma necessidade de adaptação mais intensa a elas por parte das pessoas. As inovações para pagamentos, as moedas e bancos digitais, bem como algumas inovações bancárias passam a fazer parte de forma mais usual. Quando Urano muda de signo, o que antes tinha uma projeção inovadora passa a ser mais costumeira. Basta ver que em Áries, as pessoas passaram a utilizar a internet, as tecnologias, além da evolução de automóveis automáticos, com recursos inovadores de vídeo, imagem e som, isso sem falar nos de serviços de transporte e moradia muito usuais por aplicativo. Com a posição de Urano em Touro, um impacto semelhante marcará a maneira de conduzirmos negócios. Já vimos em eleições e compras os procedimentos biométricos ou de toque, uma referência também ao signo de Touro.  Também marca revoluções na moda, no padrão da estética, de beleza, no que envolve preconceito diante destes temas, assim como na alimentação. Novas formas de mercado alimentício ou alternativas em temas que os envolvam serão mais evidentes nos próximos anos.