Dentre os ciclos planetários a faixa dos 39 até os 42 anos em cada um é propensa a uma transição pela quadratura de Netuno e pela oposição de Urano em trânsito com nossas respectivas posições natais, conforme a tolerância de orbes.
A primeira configuração - mais enfática entre os 39 e 42 anos - simbolicamente é associada com aquela percepção da Névoa ou da Neblina que marca nossa manhã num dado dia. Um indicador de que certos ideais ou percepções não são exatamente como pensamos. As reações diante dessas percepções podem alternar conforme cada mapa. Para alguns, é a etapa a qual a Neblina se dissipa e a claridade das questões facilita nossas ações. Por outro lado é a percepção de que não havia Neblina, mas sim nuvens e aquele cenário meio cinza para alguns assuntos realmente fazia parte do clima ou do nosso ambiente.
Nebulosidade que passou a existir depois de um tempo ou que sempre existiu, mas nunca víamos. E não era neblina nem névoa. O cenário era realmente pelo clima, seja do ambiente ou das relações. Não tem nada para se dissipar tão cedo ou se não houver alguma renúncia de uma zona de conforto e, às vezes, através de um choque de realidade. Para alguns há alerta físico que sugere rompimento com algum vício em pró do equilíbrio energético do corpo como uma prevenção ou superação de efermidade. Um sinal que capaz de despertar, na marra, renúncias de hábitos até com suporte de crença, nova condição espiritual ou piscológica que aponta a percepção de uma realidade. Para outros o contrário: Liberta-se de várias impressões ideológicas que davam suporte de vida aparente para alguma situação que possa realmente fazer mais sentido e isto pode se dar em qualquer ideal dos mais diferentes, conforme casa, assunto e claro, outras posições do momento astrológico. Se falarmos em aspecto ptolomaico, as tensões de Netuno do céu com o do mapa são apenas nessa faixa etária e próximo aos 80, na oposição. Daí um desafio com ideais, percepções e realidades não tão reais com a permissão da licença poética.
As casas as quais acontecem o trânsito de Netuno e onde o Natal está são os cenários das situações. Há idealísmo diferente para metas, provavelmente sem certa fantasia de antes. A percepção muda, seja com nova lupa, com óculos 3D ou sem ele. Mas há, sim, um novo senso de realidade no empenho por algum interesse e na forma de viver algumas relações.
Já a oposição de Urano, que se apresenta dos 41 aos 43 anos, acentua tendências para acelerar situações as quais somos convidados a inovar. Somos chamados ao exercício de um novo padrão. Até antes de fazer 41 já é possivel alguns despertares. Temos propensões a valorizarmos um ritmo que até mesmo não se vivia ou se quer havíamos experimentado nas etapas de vinte e poucos e trinta e tantos. Há um alerta com o futuro de maneira diferente. Tem quem passe a fazer corrida sem nunca ter sido tão esportivo ou testar o intelecto com vestibular, faculdade, pós, especialização e mesmo supletivo como já vi gente. Há uma afronta a si próprio(a) numa autonomia de trabalho que saia de um status ou do padrão envolvendo ponto e crachá. Um jeito particular para sair de padrões ou perceber como nossa mente lida com certas "anarquias" que podemos de repente nos depararmos. Pode-se descobrir que não é tão ridiculo falar em público, cantar num karaokê, fazer aula de dança, praticar corrida, viajar para um canto exótico ou mesmo pacato, tirar habilitação, arriscar vestibular, separar e até casar. Mas não adianta. Meia lado das nossas relações sociais darão um ar de repressão, afinal, tem Urano na questão. Sem falar que todo aspecto de oposição tem um fator importante para a direção de nossas relações ou sobre algum vínculo, já que engloba 180 graus. A simbologia da ecliptica libriana "eu e o outro,". Logo, é uma faixa da vida em que o nosso "social" também tem uma peneira onde se renovam relações, assim como permancem apenas aquelas as quais sintonizaram e compreenderam melhor as eletricidades, os desprendimentos, anarquias e as consequências da eventual carta de alforria sobre algum padrão desta etapa de vida.
Guilherme Salviano
